“É seguro que se perde dinheiro”: Maria Luís Albuquerque alerta contra os depósitos a prazo

Comissária Europeia para os Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos lembrou que “no mercado de capitais temos o risco de perda, nos depósitos temos uma certeza de perda nos últimos anos”

Executive Digest com Lusa
Maio 30, 2025
14:22

A comissária Europeia para os Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos, Maria Luís Albuquerque, disse hoje em Lisboa que nos depósitos a prazo “é seguro que se perde dinheiro”.

“Nós habituámo-nos a pensar que os depósitos bancários são seguros e não têm risco, eu diria que, neste momento, é seguro que se perde dinheiro, porque a rentabilidade real é negativa”, afirmou a comissária.

“No mercado de capitais temos o risco de perda, nos depósitos temos uma certeza de perda nos últimos anos”, acrescentou.

A responsável europeia falava na conferência anual da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sob o tema “Uma Nova Ambição para os Mercados de Capitais”, em Lisboa.

Maria Luís Albuquerque falou sobre a iniciativa europeia da União da Poupança e Investimentos (SIU) e referiu que um dos propósitos é “capacitar os cidadãos europeus para gerirem as suas finanças de forma informada e eficaz, com retornos adequados, promovendo a literacia financeira e incentivando a poupança de longo prazo”.

Para além disso, a comissária considera ainda que a iniciativa é um “pilar de investimento e financiamento” que permite canalizar poupanças privadas para investimentos produtivos de forma a contribuir para o financiamento da economia em setores estratégicos.

“O objetivo da estratégia é fazer com que seja mais fácil que os recursos fluam para onde há boas oportunidades de negócio”, acrescentou.

A responsável europeia ressalvou ainda a necessidade de “reduzir a fragmentação dos mercados financeiros europeus” e promover “um verdadeiro mercado comum de serviços financeiros que seja mais eficiente e competitivo”.

“E, naturalmente, uma supervisão eficaz do mercado financeiro comum, através de uma supervisão mais harmonizada e previsível, que garanta a estabilidade e confiança e que assegure decisões uniformes aos agentes económicos”, asseverou.

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